domingo, 25 de dezembro de 2005

74) Resoluçoes de Ano Novo (IV)


Uma nova “caixa de surpresas” para o ano que se inicia

Paulo Roberto de Almeida

(continuação do post 73)

3. Prometo escolher melhor os amigos e companheiros, de molde a não ter mais esse sentimento de “traição”, que por vezes me assalta a mente.

Isso deve ocorrer com qualquer espírito desprevenido, como é o meu, mas acho que os últimos meses foram pródigos em matéria de más surpresas no terreno das relações pessoais. Tenho o hábito de ser por demais generoso com as pessoas em geral e os aliados em particular, sempre pensando que aqueles que estão conosco em alguma empresa qualquer o fazem por motivos nobres, ou pelo menos tão elevados quanto os meus. Daí essa sensação de traição, a propósito de eventos obscuros e ainda pouco elucidados que perturbaram a paz lá de casa e o ambiente de trabalho de modo geral. Pessoas que considerávamos bem intencionadas e moralmente inatacáveis acabaram traindo minha confiança e a do meu time de futebol, jogando com táticas escusas e chegando até a comprar o juiz encarregado da boa ordem no gramado.

O resultado foi o que se viu: um lamentável espetáculo de práticas incertas e não sabidas (pelo menos de mim), acobertado por meses de sorrisos amarelos e juras de “tudo bem”. Depois que a porta foi escancarada e o estrago praticado, não adianta alegar quebra de confiança, pois fui eu mesmo que permiti a entrada dessa gente na minha sala, chegando mesmo a prometer a um deles ajuda em caso de necessidade. Pois não é que o pessoal abusou da minha bonomia e natural generoso?

Também agora aprendi: cheque em branco nem para o cunhado, pois não se sabe o que ele pode aprontar na próxima esquina. Quando menos esperamos, lá vem traição e o mal está feito. Como não adianta chorar sobre leite derramado, o jeito mesmo é prometer a mim mesmo que vou ser mais seletivo na escolha dos amigos para os churrascos de fins de semana.
Quanto aos que já me fizeram tanto mal, nem sei se adianta agora chamar a polícia, pois fui de certa forma conivente com essas práticas pouco recomendáveis, ao dar-lhes guarida em minha casa e conviver por tantos meses como se todos fossem do meu time. O jeito agora é esquecer e seguir adiante, mas traidores, nunca mais!

(continua...)

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