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sábado, 31 de dezembro de 2005

100) Safra FHC para 2006: book to be published


Vejam vocês: um livro de alguém que foi "presidente por acidente", e que vai ser lançado em abril de 2006:

Fernando Henrique Cardoso, The Accidental President of Brazil
(Penguin Books, ISBN: 1586483242, 304 p., hardcover, to be published: April, 16, 2006)

Da apresentação do livro pela Editora:
Fernando Henrique Cardoso received a phone call in the middle of the night asking him to be the new Finance Minister of Brazil. As he put the phone down and stared into the darkness of his hotel room, he feared he'd been handed a political death sentence. The year was 1993, and he would be responsible for an economy that had had seven different currencies in the previous eight years to cope with inflation that had run at 3000 percent a year. Brazil had a habit of chewing up finance ministers with the ferocity of an Amazon piranha. This was just one of the turns in a largely unscripted and sometimes unwanted political career. In exile during the harshest period of the junta that ruled Brazil for twenty years, Cardoso started his political life with a tentative run for the Federal Senate in 1978. Within fifteen years, and despite himself, this former sociologist was running the country. And what a country! Brazil, it is often said, is on the edge of modernity, striding with one foot in mid-air towards the future, the other still rooted deep in a traditional past. It is a land of sophisticated music and brutal gold-digging, of the next global superpower and the last old-time coffee plantations. It is gloriously ungovernable, irrepressibly attractive, and home to the family, friends and extraordinary life of Fernando Henrique Cardoso. This is his story and his love song to his country.

Sinopse de "marquetólogo", comme il faut, mas tudo o que o Brasil não tem é um "traditional past". Também não estou certo de que sejamos "gloriously ungovernable", mas em todo caso, como já disse alguém uma vez, o Brasil não é para principiantes. O próprio FHC disse, no começo de seu primeiro quadriênio, que era "fácil" governar o Brasil.
Depois eu acho que ele se redimiu.

Ele também nega ter dito, quando assumiu seu cargo de ministro da Fazenda, uma frase memorável: "Esqueçam o que eu escrevi". Pode ser que ele não tenha dito essa frase, mas se não disse pelo menos pensou, e se pensou deveria ter dito, pois era disso mesmo que se tratava. Ninguém governa um país como o Brasil a partir de teorias sociológicas, sobretudo a partir de conceitos tão estapafúrdios como a "teoria da dependência", uma espécie de neoliberalismo do marxismo universitário que grassava nos círculos acadêmicos na conjuntura dos anos 1960 e 1970.

Em todo caso, vamos dar um crédito de confiança a nosso "presidente acidental" e esperar para ler o seu livro antes de voltar a comentá-lo (o que aliás seria impossível, up to now...).
Até abril de 2006, minha gente...

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