domingo, 25 de dezembro de 2005
72) Resoluçoes de Ano Novo (II)
Uma nova “caixa de surpresas” para o ano que se inicia
Paulo Roberto de Almeida
(continuação do post 71)
1. Prometo manter uma contabilidade transparente, veraz e relativamente equilibrada nas receitas e despesas lá de casa.
Trata-se, obviamente, de providência essencial ao bom equilíbrio de minha conta bancária, o que vale também para qualquer outro tipo de contabilidade corrente, em qualquer instância de minhas atividades como produtor, arrecadador, provedor de bens e serviços ou mesmo dispensador de favores, para os meus próprios familiares e outros eventuais dependentes. Trata-se, obviamente, da primeira condição para uma vida tranqüila, regida pelos saudáveis princípios da boa gestão do orçamento (seja ele pessoal, familiar, ou da sua pequena empresa), com receitas e despesas equilibradas e condizentes com entradas e saídas efetivas de recursos.
Tenho plena consciência de que, no ano que se passou, nem sempre me foi possível assegurar essa transparência e equilíbrio do meu orçamento, forçado que fui a gastar mais do que o pretendido, tendo sido então obrigado a recorrer a práticas nem sempre recomendáveis, como aquela coisa que o distinto público já convencionou chamar de “recursos não contabilizados” (nem por isso menos reais). O fato é que esse tipo de prática heterodoxa extrapolou claramente os limites nos quais eu pensava conter a utilização desses recursos extra-orçamentários, com o que a contabilidade pessoal mantida de forma algo precária não refletiu exatamente os fluxos reais de ativos (e passivos, sobretudo) que transitaram pelas minhas contas bancárias e pelas diversas carteiras e bolsas que mantenho para uso do pessoal lá de casa.
Ocorreram, inclusive, intromissões indevidas de amigos, aliados e pedintes de modo geral, que sempre alegam que estão gastando em nome das boas causas, sensibilizando meu coração – de ordinário generoso – e levando-me a situações de equilíbrio duvidoso e mesmo a um estado pré-falimentar. O pior de tudo foi ter de recorrer a expedientes pouco católicos, como a contabilidade paralela ou pagamentos em dinheiro, que acabam não deixando o devido registro nas transações financeiras.
Meu compromisso, portanto, é o de encerrar essas nefastas práticas contábeis, gastar estritamente o que estiver assegurado por uma entrada regular de receitas e, para conforto e tranqüilidade dos parentes, colocar tudo isso à disposição de cada um deles, de preferência na internet, para que eles possam ter absoluta certeza de que não mantenho, nem pretendo manter, qualquer contabilidade paralela ou clandestina. Não sou daqueles que acreditam que transparência demais é burrice e que todo mundo faz assim mesmo. Ao contrário: limpidez e veracidade na prestação de contas é dever de todo chefe de família responsável.
(continua...)
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