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sábado, 14 de janeiro de 2006

162) Encore un belge, cette fois-ci expatrié...


Simon Leys é um belga singular. No auge da Revolução Cultural chinesa, quando todo mundo na esquerda se encantava sobre a capacidade dos dirigentes chineses de aprofundar o processo de transformação social e cultural naquele imenso país, criando o "verdadeiro socialismo" -- diferente, em todo caso, da sua variante soviética, burocrática, gerontocrática e quase esclerosada --, ele publicou um livro devastador sobre os crimes cometidos contra os direitos humanos e contra a inteligência, tout court, naquele império totalitário. Foi "Les Habits Neufs du Président Mao" (1971).

Simon Leys, na verdade, é o "nom de plume" de Pierre Ryckmans, nascido na Bélgica mas residente na Australia desde 1970, onde ele foi professor de estudos chineses na Universidade de Sydney (de 1987 até 1993). Ele conduziu um trabalho exemplar de sinólogo e de crítico literário.
Não contente, ele ainda se dedicou ao que se poderia chamar de "apócrifo histórico", como uma deliciosa memória de Napoleão. De retorno de Santa Helena clandestinamente -- um oficial quase sósia tomou o seu lugar, mas esse falso Napoleão morre no intervalo da viagem de volta à "glória" do verdadeiro Napoleão --, ele tenta provar aos seus concitoyens de Paris que ele era, de verdade, o grande imperador. Terminou amasiado com uma dona de épicerie, viu va de um dos seus oficiais em Waterloo... Uma história deliciosa que acabou virando filme: "La Mort de Napoléon" (1991).

Ele é membro da Australian Academy of Humanities e da Académie Royale de Litterature Française (Bélgica). Entre seus outros livros, se encontram "Chinese Shadows" (1977), uma nova tradução dos "Analectos" de Confucio (1997), "The Angel and the Octopus: Collected essays 1983 - 1998" (1999) e "Protée et autres essais" (2001).
Ele acaba de publicar um novo livro, de citações de terceiros, como informa esta nota do Le Monde.

Les idées de Simon Leys
par Eric Fottorino
LE MONDE | 14.01.06

Le titre de cet opuscule est déjà tout un programme. Cela s'appelle "Les Idées des autres, idiosyncratiquement compilées par Simon Leys pour l'amusement des lecteurs oisifs" (Paris: Plon, 2006). Le célèbre sinologue, par ailleurs fou de mer, a rassemblé là un florilège de citations choisies de la manière la plus subjective qui soit, en miroir de sa propre personnalité. On ne s'étonnera pas d'y trouver des phrases comme :
"Là où il n'y a pas de mystère, il n'y a pas de vérité" (Brecht),
ou
"Le secret d'ennuyer, c'est de tout dire" (Voltaire)...

Éric Fottorino
Article paru dans l'édition du 15.01.06

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